Ultimamente estou muito relapso. Minha esposinha, às vezes, me lembra da necessidade da divisão de tarefas no nosso lar. Ela me lembra de que não posso deixar de fazer “as coisas” dentro de casa. Coisas simples, lógico, como arrumar o quarto, lavar o banheiro, pegar as roupas no varal.
Há algumas coisas que eu simplesmente não gosto de fazer e até mesmo não sei fazer, como por exemplo, passar pano na casa. Mas sempre que posso eu tento ajudá-la nessas tarefas.
Tenho percebido que estou abandonando hábitos que eu tinha logo no início do nosso casamento. Hábitos simples, como arrumar o quarto, mas que para a minha esposa são valiosos. Arrumar o quarto é uma atividade que demanda aproximadamente 5 minutos do meu tempo e que em nada atrapalharia as outras atividades do dia, afinal são apenas 5 minutos!
Sou a favor de o casal dividir as tarefas do lar de maneira que ninguém fique sobrecarregado. Minha esposinha trabalha e estuda. Me sinto na obrigação de ajudá-la com o que eu posso nas atividades do lar. Por menor que seja minha ajuda, ela vê com bons olhos e fica muito agradecida quando eu me disponho a fazer algo.
Um dia desses, eu conversava com meus alunos sobre esse assunto e um deles se manifestou dizendo: “Quando eu me casar, não farei nenhum serviço em casa. Eu fui criado assim, que a mulher que deve dar conta de tudo na casa.” Ouvi atentamente e lhe fiz a seguinte pergunta: “Mesmo se os dois trabalharem fora?”. Ele não pôde responder e calou-se.
Infelizmente esse tipo de pensamento é muito comum na sociedade e até mesmo na igreja. Homens machistas que acham que suas mulheres são “escravas” no lar. A divisão de atividades para uma boa manutenção da casa deve ser feita de comum acordo entre o casal, como se conversa sobre as finanças. Os dois devem sentir-se satisfeitos com a decisão tomada.
Existe um ditado que diz: “Muito ajuda quem não atrapalha.” Se você, no mínimo, mantém a casa organizada e limpa, sua esposa ficará muito grata com isso. Minha esposa me diz isso muitas vezes, que eu posso ajudá-la apenas mantendo o apartamento organizado. Tento isso, mas sou muito bagunceiro. O que eu mais gosto de fazer é lavar o banheiro. Pareço uma criança brincando com água. Quando vou arrumar a cozinha, me recuso a lavar qualquer coisa de plástico. Aquilo não limpa, fica com gordura. Só minha esposa que dá jeito. Só lavo os talheres, xícaras, copos e algumas panelas. Hehe.
Precisamos criar a consciência de que o casamento é também um acordo de cooperação. O casal que vive assim vive bem!
Confissão: preciso ajudar mais minha esposa. 😉