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A Globo e o Festival Promessas

Prometi pra mim mesmo que não iria postar nada sobre esse “Festival Promessas” organizado e exibido pela segunda vez na maior emissora de TV do Brasil, a Globo. O motivo é o mais óbvio: quem me lê há algum tempo sabe da minha opinião e aversão ao gospel (pseudo-evangelho enlatado). Hoje, porém, resolvi postar, o que considero ser uma obrigação, já que venho falando bastante nas redes sociais contra esse movimento que vem conquistando rios de dinheiro manipulando a fé e aproveitando-se da inocência de alguns crentes.

Motivo da Revolta

De tudo, o que mais me deixa estarrecido e preocupado, é a mudança de postura da emissora que organizou o festival/evento/show. Até bem pouco tempo, a mesma Globo que hoje anunciou alegremente o evento, criticava outro evento evangélico de grande porte por um suposto “caos” no trânsito causado por este em um dia de feriado na cidade do Rio.

A mudança

De uns meses pra cá, para surpresa de todos, a mesma Globo, que nunca deu espaço para “os crentes” agora está patrocinando e divulgando fortemente um festival feito pra eles. A explicação lógica e mercadológica para isso é bem simples: segundo o IBGE cresceu o número de evangélicos no Brasil e, juntamente com esse número, cresceu também a ganância de uma das empresas das Organizações Globo, a Som Livre. Logo que notou o crescimento de evangélicos, viu-se que esses passaram a fazer parte de um novíssimo e rentável nicho de mercado. Então, nada mais justo que investir nesse novo consumidor. Ou seja: todas as vezes que um executivo da Som Livre olha para um evangélico brasileiro enxerga em seu lugar muitos cifrões.

Mercado Gospel

Que me perdoem a franqueza, mas como já disse muitas outras vezes, tudo o que se faz dentro do gospel tem uma intenção de mercado. O objetivo é sempre vender e não comunicar uma mensagem verdadeira e coerente com as Escrituras. Não interessa se o que se canta está ou não de acordo com a sã doutrina, o que eles querem é ganhar dinheiro e conquistar notoriedade. E quando digo “eles”, não me refiro apenas aos executivos das grandes gravadoras, mas a todos os envolvidos com esse circo em que vem se transformando a música gospel. Preste atenção às letras das músicas e repare pra quem são voltadas. As músicas como produtos, para que conquistem público e deem retorno, precisam falar ao ego de quem as consome.

Onde fica o evangelho?

Com tanto dinheiro, com tanta estrela e parafernália, onde fica a genuína, santa e simples mensagem do evangelho? A resposta é que todas as vezes em que nos amoldamos aos padrões desse mundo e permitimos que a nossa fé seja manipulada por espertalhões – tal qual a música gospel está fazendo -, a Cruz de Cristo fica mais escondida. Alguém vai negar que os pseudo-artistas que participaram desse famigerado festival tem a intenção, antes de tudo de aparecer e enriquecer?

Alguém pode argumentar: mas eles estão pregando o evangelho. E eu contrargumento: que evangelho? Você que assistiu o Festival ouviu algum cantor conclamando à plateia ao arrependimento, como fez o apóstolo Pedro? Você ouviu alguma música falando da importância de crer para a salvação? Ou, na verdade, você apenas foi tocado na emoção pelo conteúdo egocêntrico e existencialista das letras das músicas? Pense bem.

Assim, só me resta perguntar: de que lado ficam os cristãos nesse momento? E a minha pergunta pra você ao findar esse texto é a seguinte: qual é a sua opinião sobre esse festival? Você consegue enxergar manipulação ou acha que esse apoio por parte da Globo é saudável para o evangelho?

Comente!

L.R.

Notas do editor:
• Não dá pra acreditar que ainda exista crente idiota que dê dinheiro pra esse tipo de gente. Onde estão os cristãos de Bereia que foram elogiados por Paulo, pois eram chatos e analisavam tudo de acordo com as Escrituras?
• É impossível que uma emissora que tem um programa como o Zorra Total organize um evento que tenha como objetivo propagar o Reino de Deus.