Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-los.
Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe um homossexual surpreendido em sodomia. Fizeram-no ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: “Mestre, este homossexual foi surpreendido em ato de sodomia. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais homossexuais. E o senhor, que diz?”
Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.
Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nele”.
Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.
Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando pelos mais velhos.
Jesus ficou só, com o homossexual em pé diante dele.
Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe: “Onde estão eles? Ninguém o condenou?”
“Ninguém, Senhor”, disse ele. Declarou Jesus: “Eu também não te condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado”.
Os ânimos no meio evangélico mostram-se cada dia mais acirrados. O prenúncio parece ser de uma batalha, tendo os cristãos do lado dos “defensores da família” e do outro os pervertidos e imorais homossexuais, ou “gayzistas” como alguns dizem.
Obviamente o texto acima nunca aconteceu, substituí a mulher adúltera pela figura de um homossexual nesse episódio da vida de Jesus. Não pude pensar em melhor ilustração para os nossos dias do que essa. Se Jesus estivesse em nosso meio, como esteve a dois mil anos atrás, seria com essa mesma animosidade dos cristãos e defensores da moral e dos bons costumes? Minha resposta a essa questão é NÃO.
Jesus era acusado de andar com pecadores, leprosos, beberrões, publicanos, samaritanos, prostitutas, pessoas odiadas e repudiadas pelos religiosos, não coadunando com suas atitudes pecaminosas, mas sim estando sempre em seu meio com atitudes amorosas e transformadoras.
Esse movimento contra os homossexuais, em sua grande maioria, é representado por gente inescrupulosa, que rouba dinheiro dos fiéis com pregações mentirosas, vendendo tudo quanto é porcaria em nome de Deus, sem caráter e oportunistas, usando todo tipo de política e politicagem para exaltar seus próprios nomes e não o de Cristo, colocam-se como os defensores das verdades do Reino de Deus, mas que no fundo não passam de charlatães da fé.
Me recuso a ser representado por esses tais em nome dessa “causa”, e como evangélico reitero que não faço parte desse movimento pautado pelo ódio.
Obviamente como um cristão que procura pautar seus princípios pela bíblia também não aprovo a atitude de certos líderes liberais que pervertem o valor das Escrituras para ignorar as práticas pecaminosas e inseri-las no contexto da fé evangélica. A bíblia condena e sempre condenou a homossexualidade, sendo algo que fere o plano de Deus para o homem. Essa prática afasta o pecador cada vez mais de Deus, assim como qualquer outro pecado, não sendo pior ou melhor, apenas tendo consequências diferentes.
O Jesus que eu conheço veio para os doentes, andou no meio dos rejeitados, comeu junto com os excluídos, e sempre perdoou os arrependidos dizendo simplesmente “Eu também não te condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado”.