Ahoy meus caros marujos!
Nosso mundo está encolhendo amigos! Mas não fiquem nervosos ou preocupados. A extensão territorial do planeta continua a mesma, é a nossa tecnologia náutica que está diminuindo distâncias.
Viajando pelos mares nós podemos ter o privilégio de conhecer várias culturas pitorescas e exóticas. Estamos indo até onde nenhum homem foi antes. Existem até os que cogitam construir grandes veículos que nos levem à lua, imaginem que absurda essa ideia marujos!
Conheço um filho de um colega que ficou tão apaixonado pela cultura de um país do oriente que agora já assimilou a língua, costumes de vestes, e até a mania estranha de ler livros de trás para frente!
Não que eu veja nenhum mal nisso, todos temos algo a ensinar e muito a aprender nessa aldeia global. O único ponto realmente danoso à nossa sobrevivência, é quando abrimos mão de valores do Reino de Deus.
A lei que Moisés recebeu de Deus possuía alguns elementos jurídicos presentes em tratados seguidos por outros povos daquela época. No entanto, o valor maior daquela legislação era mostrar as vantagens da aliança com o Deus Vivo. Se a nação fosse conduzida segundo aquelas ordenanças, Israel seria uma terra de justiça, igualdade e fraternidade. E, ao olharem para eles, os demais povos reconheceriam a bondade e o amor de Deus pelos descendentes de Jacó.
Infelizmente para o povo de Israel, aconteceu o exatamente o contrário. Eles se encantavam ao conhecerem a religiosidade dos povos vizinhos. Admiravam seus mitos e contos, consideravam interessante a área de atuação de cada entidade, tão diferentes e mais “criativos” do que o Senhor. Assim entraram as primeiras imagens desses deuses em Israel, claro que não como “imagens religiosas”, eram apenas “itens de colecionador”, “souvenir” ou “action figures”.
Nos dias do rei Josias, época do declínio da nação de Judá, durante uma reforma no templo o sumo sacerdote Hilquias encontrou um livro esquecido na Casa do Senhor. Era nada mais, nada menos, do que o livro da lei dado por Deus a Moisés.
O rei se desesperou ao ouvir a leitura do livro, percebeu que eles estavam a anos luz de ser o povo idealizado naquele tratado entre Deus e os seus antepassados. Outra reforma se mostrou necessária, uma reforma devocional!
E como havia sujeira a ser retirada! Imagens de deuses pagãos, sacerdotes desses deuses, utensílios dedicados aos mesmos, prostituição cerimonial, isso tudo no TEMPLO idealizado por Davi, construído por Salomão, e erguido em nome de Deus.
Sabe o que é mais triste constatar marujos? Esses povos tentaram aniquilar Israel por séculos através de embates militares, tudo em vão. Contudo, os seus objetos de culto faziam um câncer silencioso crescer no coração dos israelitas. Causando o declínio da nação.
Isso me faz olhar para o meu coração. Quantas coisas inúteis amontoadas devido às paixões desse mundo! É fácil notar como deixamos de dedicar um espaço limpo para os valores do Reino de Deus (amor, fé, compaixão, empatia, etc.). Sinto vergonha de oferecer tal morada ao Espírito de Deus! Peguem os escovões marujos, é hora de nossa faxina e reforma cultural!
(Texto bíblico citado na história: Capítulos 22 e 23 do segundo livro dos Reis).