Ahoy meus caros marujos!
Eu já participei de muitas festas e celebrações, mas nada foi tão marcante como a comemoração pelo primeiro ano de nossa singela embarcação. Toda a tripulação ficou adimirada pela alegria dos convidados do capitão Matheus e dos imediatos Pedro e Thiago, que turma animada… e estranha.
Rar, para vocês terem uma ideia, a música ficou por conta de um rapaz que cantava uma música estranha cheia de rimas e movimentos com a cabeça. Confesso nunca ter visto isso em todos esses anos em alto mar! Lembro de ter servido uns salgadinhos a dois rapazes chamados Lucas, só não entendi o porquê de um deles estar usando sapatilhas, mas eles são bem legais. Havia muitas garotas bonitas, entre elas aquela moça da ilha das amazonas e a Franci… Fransu… a Fran! Até o dono do caes e sua senhora marcaram presença, e o bacuri deles que encheu o convés com aquelas embalagens de balas de coco. O ponto negativo ficou por conta daqueles gordos vestidos com pele de macaco albino, eles estavam escondendo docinhos nos bolsos, eles falavam algo como: “Levar pros manos”.
Ah sim, havia muita comida e bebida, inclusive um delicioso bolo com recheio de abacaxi! Uma vez um sociólogo que viajava conosco me explicou que a simbologia da comida e do ato de comer pode trazer-nos a compreensão de valores culturais ou históricos. O ato de comer em grupo é maior do que simples alimentação, remete a comunhão e estilo de vida. Isso me faz lembrar do costume judaico acerca do casamento, a festa das bodas durava sete dias! E durante todo esse tempo, eram servidos muitos banquetes regados a vinho.
Certa vez, em um casamento realizado em Caná da Galileia, os anfitriões perceberam que o seu vinho havia terminado. Imaginem marujos o constrangimento que eles estavam prestes a passar. Isso poderia ser considerado uma falta de consideração para com os seus convidados!
Para a felicidade do casal, Jesus estava presente na festa. Ele fez com que a água de seis potes de pedras se transformasse em vinho de altíssima qualidade. Podemos afirmar que Jesus presenteou os noivos com uma festa acima das expectativas iniciais.
É assim que encaramos esse primeiro ano de nosso barquinho. Deus por seu imenso amor e poderosa graça concedeu muito mais do que nossos oficiais esperavam. Parabéns Pedro, Thiago e Matheus por esse projeto que tem alcançado muitas pessoas com valores eternos. Eu, o marinheiro Glasseye (ou Alexfábio Custódio ^__^), e com certeza os companheiros de tripulação (Jaqueline, Françoise, Daniel e Lucas), estamos honrados por fazer parte desse projeto abençoado.
Agora preciso me retirar marujos, acabo de descobrir o motivo de tantas gaivotas estarem pousando no convés, tem um cantinho repleto de abacaxi retirado do recheio do bolo…