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Histórias de Convés - Rotas do Céu

Rotas do céu

Ahoy meus caros marujos!

Hoje eu ouvi de um velho marujo uma história que me emocionou. O ancião ficou cego devido a uma doença em seus olhos, e resolveu fazer a sua última viagem marítima em direção à casa de seu filho.

Durante o trajeto, a embarcação enfrentou uma tempestade, e a bússola foi danificada. Quando o temporal passou, os marinheiros lamentavam a perda do objeto de navegação. Estava de noite e eles precisavam chegar rapidamente ao próximo porto, mas como eles poderiam se orientar antes do nascer do sol?

Nesse momento o velho lobo do mar perguntou se era possível ver as estrelas. Um sorriso surgiu em seus lábios quando ele recebeu uma resposta positiva. Ele disse que ensinaria os marujos a encontrarem o caminho através do mapa celeste. Uma por uma, ele descreveu várias constelações, com calma e riqueza de detalhes, até o timoneiro recolocar a embarcação no rumo correto.

A impossibilidade de decodificar o mapa dos céus quase deixou todos aqueles homens à deriva. O céu estrelado era apenas uma paisagem bela aos seus olhos, para a sorte deles, havia um homem experiente disposto a ensinar as rotas do céu.

Infelizmente, muitas pessoas encaram a bíblia sagrada como um céu estrelado: Uma obra bonita, que desperta sentimentos e sensações verdadeiros e puros de quem a observa, mas que se torna obscura quando é necessário extrair rotas celestes.

Não são poucos os que se perdem por interpretar de forma equivocada as escrituras! São recorrentes as notícias de grandes “embarcações” envolvidas em acidentes trágicos por má orientação bíblica.

Devemos ser gratos a Deus pelos mestres que Ele dá à sua igreja. Homens idôneos como o apóstolo Paulo, que já no finzinho de sua vida deu um grande conselho ao seu discípulo Timóteo.

As últimas palavras do maior escritor do Novo Testamento foram endereçadas à caixa postal da igreja de Cristo em Éfeso, onde Timóteo pastoreava. Eu imagino o jovem pastor lendo aqueles conselhos com lágrimas molhando seu rosto, Paulo mostrava como ele confiava nessa nova geração de homens de Deus, e aconselhava seu pupilo a perseverar no ministério.

“Homens maus e equivocados em suas teologias enganaram a muitos fiéis. Continue seguindo o caminho pelo qual foi orientado, você sabe que ele é verdadeiro pelo testemunho de vida daqueles que te orientaram desde a sua infância. Desde pequeno você aprendeu que as escrituras conduzem o homem no caminho da fé em Cisto Jesus. Essa obra divina orienta, corrige e nos conduz a caminhos agradáveis a Deus.”

“Meu filho, em breve eu não estarei mais aqui. Persiste em ensinar as pessoas e corrigi-las em seu cristianismo. Para que elas possam entender a verdade e possam salvar-se do caminho de engano. Cumpre com alegria o seu ministério evangelístico!”

É com lágrimas nos olhos que digo uma triste verdade marujos: Estamos cercados de pessoas que contemplam, admiram, citam, mas não vivem as escrituras. Precisamos de mais “Paulos” e “Timóteos”, dispostos a ensinar nosso povo a entender os caminhos do céu.

“Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”.

Alguém mais aceita o desafio?

(Texto bíblico usado na história: Partes dos capítulos 3 e 4 da segunda carta de Paulo a Timóteo)