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Não se iluda com redes cheias de peixes

Não se iluda com redes cheias de peixes

Ahoy meus caros marujos!

Hoje eu fui ao “Rabino’s Tatuagens Subversivas” terminar a âncora que ele está fazendo em meu braço. Enquanto ele terminava o serviço em um moço cobertto por plumas, eu folheava uma revista Bússula, o informativo semanal dos sete mares. E a matéria central era sobre o Edimiro Malares! A reportagem mostrava as acusações de enriquecimento ilícito e diversas outras safadezas!

Vocês, marinheiros de primeira viagem, talvez ainda não ouviram falar do Edimiro. Ele já foi um grande “mensageiro”, quando jovem ele percebeu como era difícil enviar mensagens a lugares mais distantes. Então, motivado pelo desejo de facilitar essa comunicação, ele criou rotas e toda a logística para que as pessoas recebessem as suas correspodências. Esse esforço gerou fama e riqueza, porém, com o passar dos anos, ele acomodou-se ao bem estar e a vontade de ajudar deu lugar a um formalismo frio. Logo surgiram as primeiras acusações de sonegações e tranbiques.

Infelizmente existem muitos exemplos de pessoas que começam bem intencionados, com os ideais de uma vocação ardendo no peito, mas que se acomodam no primeiro sinal de suceso, deixando de alcançar mais pessoas com os seus talentos tão preciosos. Meu irmão Benny sempre diz: “Não se impressione com a vontade com que começamos uma caminhada, o importante mesmo é como estaremos ao terminá-la”.

A fidelidade à vocação mantém a integridade marujos! Vejamos o exemplo de Filipe, um dos discípulos da igreja primitiva que precisou fugir de Jerusalém devido à perseguição. Ele foi para Samaria e, motivado pela necessidade espiritual daquelas pessoas, anunciou a salvação na pessoa bendita de Jesus Cristo.

As suas pregações eram sempre ouvidas por multidões, que respondiam positivamente à mensagem e ficavam maravilhados pelos milagres operados por Deus enquanto Filipe pregava. Esse movimento foi tão grandioso que chamou atenção dos colégio apostólico e fulminou com a carreira de um falso profeta, que até se rendeu ao evangelho.

Tudo ia muito bem para Filipe. Contudo, certo dia um anjo lhe apareceu e lhe deu a seguinte ordem:

Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto”.

Eu fico imaginando as possíveis reações de Filipe: “Abandonar a minha comunidade logo nesse momento de crescimento?”, ou, “Por que eu iria pregar em uma região desértica? Se aqui as pessoas se acotovelam para me ouvir e serem curadas?”

Filipe foi um camarada integro e fiel à sua vocação marujos, chegando no local indicado ele viu a carruagem do tesoureiro da Etiópia que estava voltando de Jerusalém. O Espírito de Deus falou para Filipe acompanhar a carruagem, e o homem estava lendo o livro do profeta Isaias.

Percebendo a oportunidade que o Senhor lhe dava, Filipe perguntou ao etíope se ele conmpreendia a leitura. O homem lhe convidou a explicar as sagradas letras, isso resultou na sua conversão a Cristo e em seu batismo por Filipe.

Após o batismo, Filipe foi transladado por Deus para as proximidades de uma cidade chamada Azoto, e anunciou o evangelho em muitas comunidades até chegar em Cezaréia.

É como eu sempre digo marujos: Uma rede repleta de peixes nunca poderá esconder a grandiosidade do oceano. Que possamos sempre renovar a chama da vocação em nossos corações, e assim, venceremos a ferrugem do comodismo!

Texto bíblico citado na história: Atos dos Apóstolos 8. 5 a 40.