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Bem casados - Me dá um dinheiro

Me dá um dinheiro

É muito comum e, hoje em dia, absolutamente normal, que ambos os cônjuges trabalhem para conseguir o sustento para o lar. O trabalho de ambos, em alguns casos vai além da simples necessidade financeira; é o ápice da realização profissional de cada um deles.

Com a modernidade e pós-modernidade traduzindo e interpretando conceitos bíblicos de maneira errada, vemos a dificuldade de casais em lidar com situações novas e cada vez mais comuns no nosso meio. O machismo sempre em alta, mesmo que de maneira velada, coloca casais em situações de conflito que podem gerar separações, divórcios, brigas e mortes, que, em quase 100% dos casos, poderiam ser evitadas com um simples diálogo.

Conversando com um amigo no último mês, discutíamos situações onde o marido ganhasse menos que a esposa ou que ele não trabalhasse. Levantamos algumas questões, com um bate-papo em alto nível e que eu gostaria de compartilhar com vocês alguns pontos que julgo ser importante.

Alguns podem não concordar, mas biblicamente, acredito que o homem é o maior responsável pelo “gerenciamento” do lar ( cf. Ef. 5:22-33). Isso pode gerar polêmica, mas tudo bem. O homem é o mantenedor, sustentador e provedor do lar em tudo. Seja de ordem financeira ou espiritual; seja na segurança ou decisões importantes; o homem tem que tomar a iniciativa, tomar a frente, chamar para si a responsabilidade que foi outorgada por DEUS.

Lucas, você está dizendo que o homem é quem manda no lar? Você está afirmando que a mulher não pode trabalhar? Para essas duas perguntas eu tenho duas respostas: SIM e NÃO. Pelos motivos que citei acima, acredito sim que quem manda no lar é o homem. Está na Bíblia. Uma coisa é o homem exercer autoridade; outra bem diferente é o autoritarismo. Uma coisa é a mulher ser submissa; outra coisa é ser inerte a tudo que acontece no lar. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Por outro lado é louvável que a mulher trabalhe, ajude no sustento financeiro do lar, nas tomadas de decisões, na criação dos filhos.

Minha esposa trabalha e ajuda na composição da nossa renda familiar. Ela precisa trabalhar pelo sua própria realização. Toda ajuda financeira que vem dela é útil. Sempre que eu preciso, digo: “Me dá um dinheiro, amor!” Ela atende prontamente toda minha necessidade, pois sabe que o salário que eu recebo é dela; o salário que ela recebe também é meu. Todos nossos esforços são empenhados no bem estar de ambos. No meu lar não existe diferença entre dinheiro de um ou de outro. O dinheiro é de ambos para construção do nosso lar.

Se ela tivesse um salário maior que o meu, seria excelente! Eu não teria problema nenhum em conviver com isso. Alguns homens não aceitariam. Deixo uma dica para esses homens: considere isso uma benção e que o somatório dos salários é de ambos; use-o para glorificar o nome de DEUS e tudo irá bem.

Se somente ela trabalhasse e sustentasse o nosso lar, eu não me envergonharia por isso, mas também não ficaria de braços cruzados em casa. Correria atrás de um emprego. Existem casos e casos. Há homens que não trabalham por vários motivos. Não estou julgando ninguém, mas também tem aqueles que não trabalham porque não querem. Isso é ruim. Eles estão passando pra frente algo de sua responsabilidade.

Em todo caso, o casal tem que buscar em DEUS orientação para qualquer decisão. A partir do momento que se casaram, tornaram-se “uma só carne”, portanto não existe mais o individualismo egocêntrico. No meu lar tomamos decisões juntos, oramos juntos, choramos juntos, sorrimos juntos. Isso funciona no meu lar, no seu pode ser diferente, mas não contra a Bíblia. Vocês decidiram isso orando, conversando com DEUS e entre si para que tudo funcione de maneira harmoniosa e para glória de DEUS. Ouvi uma patacoada um belo dia: “Existe jugo desigual entre casal crente, quando a mulher ganha mais do que o homem.” Para tudo que eu quero descer! Como pode uma pessoa mudar TOTALMENTE o sentido do que Paulo escreveu em 2Co. 6:14? Usam a Bíblia para justificar suas idiossincrasias e acabam empurrando heresias “goela abaixo” dos cristãos.