A partir do momento em que nos tornamos habitação do Espírito Santo, algo totalmente novo acontece em nossas vidas. Passamos a enxergar o sacrifício de Jesus em amor por nossas vidas e perceber a grandeza do Deus criador, onipotente e onisciente.
Mas para nós, crentes, só isso não basta. Queremos mais. Queremos o único fruto proibido. Queremos ser diferentes, e mostrar pra todos qual é a nossa verdade, custe o que custar!
Em Mateus 22.36-39, Jesus nos ensina quais são os grandes mandamentos: amar a Deus, e amar ao próximo como a si mesmo. É comum interpretarmos este segundo grande mandamento como: devo amar meu próximo assim como eu me amo. Errado. Devemos levar o amor ao próximo em primeiro plano, como eu levaria este amor por mim mesmo. Isto significa negação e renúncia a nós mesmos, em favor do outro. E isto irá demonstrar em nós o amor de Deus.
Entretanto, mal temos amado o próximo, como temos nos amado tanto como cristãos, filhos do Deus altíssimo, que isso nos tem levado a uma atitude de reafirmação na sociedade. “Ei, olhe pra mim, sou crente! Ei, eu marcho para Je$u$! Sou contra o casamento gay! Todos devem nos obedecer, pois estamos no governo! Rumo a (sic) Jesuscracia!”
O que vemos a massa evangélica externar é comparável ao que o movimento homoafetivo tem feito. Marcha para Jesus X Parada Gay. Valores da Família X União Civil Homoafetiva. Marco Feliciano X Jean Wyllys.
Estamos chamando atenção para nós, cristãos. Mas, ao invés de levar o amor de Deus a estes próximos, temos levantado uma cultura de ódio, por conta de uma intolerância burra! Estamos sendo perseguidos, mas não pelos motivos descritos na bíblia. Somos perseguidos porque nos tornamos um povo nominalmente grande, enraizado em tradições e que não vive o evangelho. Não vive o grande mandamento.
Quem são nossos próximos? Jovens com dificuldade de acreditar em algo? Ateus fundamentalistas, homoafetivos? Pessoas cultas e inteligentes, que não conhecem o amor de Deus?
Temos sido tão odiosos e burros em nossas convicções, que não temos amado o próximo, mas temos dado motivos pra que o próximo não nos ame, e não veja o amor de Deus em nós. E se não amamos o próximo, não podemos amar a Deus (cf. 1 João 2.9).